O onus e o bonus
tempo de matar com chronos
Cranios de marcar concreto
grades de marcas que matam
Sem Nomes
domingo, 18 de outubro de 2009
***Pausa para um recado...
*** Divagar e sempre... mas após a pausa de não postar quase nunca tentarei ao menos trazer abaixo de tudo que sobre em meio a falta... sem farsa!!!
...um abraço aos poucos porém exemplares escritores de verdade que dão o ar de suas graças e desgraças nesse blog nascente!!!
...um abraço aos poucos porém exemplares escritores de verdade que dão o ar de suas graças e desgraças nesse blog nascente!!!
domingo, 16 de agosto de 2009
Naquele dia
Naquele dia ele saiu pra não morrer
amarrou as calças e saiu na contra mão
nas mãos apenas um pouco de tempo e frio
e fios de cabelos conscientes pelo chão
e fios de cabelos conscientes pelo chão
e fios de cabelos conscientes pelo chão
E quando não sabia mais o que dizer
e quando não sabia mais o que fazer
e quando já não havia mais nenhum porque
saiu pelas correntes que engarrafam multidões
saiu pelas correntes que apressam as multidões
saiu pelas garrafas de vinho quente e alcatrão
Deixou de se sentir mal e percebeu que era em vão
pos as mão na cabeça e esqueceu a escuridão
correu pelos passeios sem passar por todo chão
imaginou a vida sem briga todos irmãos
imagens que fossem limpas não fossem
margens de tanto sinto muito cinto...
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Janela
Janela
Do vento que arrebata o cabelo
Nunca antes tão belo
A si distrair
Por trilhas de um vento em concerto
Sem saber o que é certo
Tocando em fios
E quando se transforma em fúria
Representa a luxúria
Em gotas que caem
Por entre dedos curtos singelos
Que atravessam o nunca
Após relampejar
De certo esperava mais da vida
Mas a volta é sem ida
E convida a pensar
Que antes fosse errado o perto
Do que longe e tão cego
E tão certo
Sem pejo
E tão servo
Do vento que arrebata o cabelo
Nunca antes tão belo
A si distrair
Por trilhas de um vento em concerto
Sem saber o que é certo
Tocando em fios
E quando se transforma em fúria
Representa a luxúria
Em gotas que caem
Por entre dedos curtos singelos
Que atravessam o nunca
Após relampejar
De certo esperava mais da vida
Mas a volta é sem ida
E convida a pensar
Que antes fosse errado o perto
Do que longe e tão cego
E tão certo
Sem pejo
E tão servo
quinta-feira, 4 de junho de 2009
São som
Esse São som só me faz ficar fatigado
Disso tudo que falam...
Ele se desespera demais
E ele se excede demais
Mas... Se de leve recomendado
Ele de repente vê.
Disso tudo que falam...
Ele se desespera demais
E ele se excede demais
Mas... Se de leve recomendado
Ele de repente vê.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Zé
Sóbrio és
Sóbrio és?
Sobre essa dureza, sempre sóbrio és
Sobre essa dureza
Sobre a dureza do Zé vai gerar só frieza
Sobre o Zé
Sobre essa frieza
Sobre o que quis dizer
O que és...
Zé! (...)
O que tu quer
Só dizer
Se for preciso cantar, só prazer.
Sóbrio és?
Sobre essa dureza, sempre sóbrio és
Sobre essa dureza
Sobre a dureza do Zé vai gerar só frieza
Sobre o Zé
Sobre essa frieza
Sobre o que quis dizer
O que és...
Zé! (...)
O que tu quer
Só dizer
Se for preciso cantar, só prazer.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Cor pó
Esculpido entre pedras
Estradas cortam enfadonhos campos
Barrancos sombras e escadas
Escorrem pelas comédias
Carros sombras e postes
Escondidos entre cofres
Bancos chaves e bolsas
Escapam pelas tragédias
Por todos os buracos do crânio
Por sobre pontes na mesa dos sonhos
Destampando rolhas das garrafas
Desenrolando as fronhas da cama
Bebendo vinho e cicuta sobre as tumbas
Embriagando o corpo que não sente o toque
Inebriado se perde arde e se deita na lama.
Estradas cortam enfadonhos campos
Barrancos sombras e escadas
Escorrem pelas comédias
Carros sombras e postes
Escondidos entre cofres
Bancos chaves e bolsas
Escapam pelas tragédias
Por todos os buracos do crânio
Por sobre pontes na mesa dos sonhos
Destampando rolhas das garrafas
Desenrolando as fronhas da cama
Bebendo vinho e cicuta sobre as tumbas
Embriagando o corpo que não sente o toque
Inebriado se perde arde e se deita na lama.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Em construção
Não tem olhos
Enxerta compassos
Muda a terra sem voz
Enxerga traços ao mundo
Seguindo cegos na busca de algo oz
Fazendo guerra de dez mundos
Arrocham espaços desnudos
Quebrando pedras
Corpos em postas
Expostos na sombra
Enterrando farpas expostas
Contra a pele descalça de mãos
Agarra alças do dia e há dias...
Desaperta as calças e deixa nós
Nu rosto que passa estruturas
Estremece escultura de aços
Esculpe a sobriedade
Torcente e quente
Que mede
A cor tenta escapar
Mas a distância erra
Tenta vencer a noite
A órbita se altera...
E cai na direção da terra
Enxerta compassos
Muda a terra sem voz
Enxerga traços ao mundo
Seguindo cegos na busca de algo oz
Fazendo guerra de dez mundos
Arrocham espaços desnudos
Quebrando pedras
Corpos em postas
Expostos na sombra
Enterrando farpas expostas
Contra a pele descalça de mãos
Agarra alças do dia e há dias...
Desaperta as calças e deixa nós
Nu rosto que passa estruturas
Estremece escultura de aços
Esculpe a sobriedade
Torcente e quente
Que mede
A cor tenta escapar
Mas a distância erra
Tenta vencer a noite
A órbita se altera...
E cai na direção da terra
domingo, 31 de maio de 2009
na Lua
Vai acender a luz do lado de fora
A minha casa não existem portas...
E pode ser frequentada por quem quiser
E vai estar comigo aonde eu estiver...
Por mais que o tempo e a distância possam conspirar
O fogo que aquece os corpos me atrai
Calor que enche o meu corpo e há tensão
E a feição que faço da face é facho de luz
Que é mais forte que os raios da babilônia
por mais que o tempo e a distância possam conspirar
o fogo que aquece os corpos me atrai
A minha casa não existem portas...
E pode ser frequentada por quem quiser
E vai estar comigo aonde eu estiver...
Por mais que o tempo e a distância possam conspirar
O fogo que aquece os corpos me atrai
Calor que enche o meu corpo e há tensão
E a feição que faço da face é facho de luz
Que é mais forte que os raios da babilônia
por mais que o tempo e a distância possam conspirar
o fogo que aquece os corpos me atrai
sábado, 30 de maio de 2009
Lixo Pouco
Alimento de lixo pouco
Alimento de lixo
Pouco espaço aberto
O tolo traz com o passo
Pra perto
Bem perto vem...
Pega uma dessa ou daquela
Sacola ou sarcasmo de asno
Do fruto tão doce velho jogado
Disperdiçado mel...
Caminhões de armas se armam
Progressos sem nexo
Semi-homens caem
Por toda parte
Sem xeque mate
Caminham em classes
Nem todos são reis...
Alimento de lixo
Pouco espaço aberto
O tolo traz com o passo
Pra perto
Bem perto vem...
Pega uma dessa ou daquela
Sacola ou sarcasmo de asno
Do fruto tão doce velho jogado
Disperdiçado mel...
Caminhões de armas se armam
Progressos sem nexo
Semi-homens caem
Por toda parte
Sem xeque mate
Caminham em classes
Nem todos são reis...
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Sagaz cidade
Serpenteando em passos lentos
Ébrio escalpo de quase corpo
Reflexos dispersos aos descompassos certos
Duplicidade desperta pele quase sóbria
Subindo as ruas que se desfiguram
Segura certeza dos trilhos da rua
Cabeça de selva que a noite cura
Insensível matéria etílica
No olhar
Coagulo
Vendo o barulho cair de uma árvore
Silencioso rangido tortura o ouvido
E segue com coragem típica humanidade
Erguendo moinhos de castelo
Encerrando em toca toscas lascas
Que aderem virgens matas e muros de lata
Tetos de vidro
Mas a sagaz cidade desperta
Pra que nunca se esqueça seu tato
Frio e bom
Tão claro e cegos
Fios frios em postes
Enxerta o sedentário germe
Raiz de seus rastros vermes
Reptiliando as pálpebras inquietas
Gestando olho epiderme arde
Gêmeos formam par
Enquanto a carne adere
E dorme enquanto há cama
Quando a calma fere
Riscos que arriscam olhar no cisco
O asco
Cismo em fitar um rastro
E ao arriscar em riscos
Sanguinários traços
Reconheço o latente astro
Estrela cadente
Isso
Imitando seu sorriso falso
Serpenteando passo descalços
Tomando coragem bebendo ar de vício
Ébrio escalpo de quase corpo
Reflexos dispersos aos descompassos certos
Duplicidade desperta pele quase sóbria
Subindo as ruas que se desfiguram
Segura certeza dos trilhos da rua
Cabeça de selva que a noite cura
Insensível matéria etílica
No olhar
Coagulo
Vendo o barulho cair de uma árvore
Silencioso rangido tortura o ouvido
E segue com coragem típica humanidade
Erguendo moinhos de castelo
Encerrando em toca toscas lascas
Que aderem virgens matas e muros de lata
Tetos de vidro
Mas a sagaz cidade desperta
Pra que nunca se esqueça seu tato
Frio e bom
Tão claro e cegos
Fios frios em postes
Enxerta o sedentário germe
Raiz de seus rastros vermes
Reptiliando as pálpebras inquietas
Gestando olho epiderme arde
Gêmeos formam par
Enquanto a carne adere
E dorme enquanto há cama
Quando a calma fere
Riscos que arriscam olhar no cisco
O asco
Cismo em fitar um rastro
E ao arriscar em riscos
Sanguinários traços
Reconheço o latente astro
Estrela cadente
Isso
Imitando seu sorriso falso
Serpenteando passo descalços
Tomando coragem bebendo ar de vício
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Espelho
Quando te olho quase reflexo
Sinto um rosto amargo e sutil espasmo
Sagacidade e desgosto em cismo que não vejo
Segredo sem pejo nem culpa... doces memórias
Quando te olho e logo me perco...
Desfaço-me da trilha em mim quem some
No plano volátil incidem livros e lápis de Narciso
Imagem sem fim nem começo destroço em chama
Fecho o olho não sinto a pálpebra...
Arrocho o cinto da calçada apertando o traço
Nas pedras que induzem o caminho da calma
Lidar com a realidade lida nos passos
E quando te olho e quase me perco
Escapo da rotina em tropeços e caio
Atraso horas vermes fazendo fábula de cera
Reflito escultura dormente... cansaço!
E saio
Sinto um rosto amargo e sutil espasmo
Sagacidade e desgosto em cismo que não vejo
Segredo sem pejo nem culpa... doces memórias
Quando te olho e logo me perco...
Desfaço-me da trilha em mim quem some
No plano volátil incidem livros e lápis de Narciso
Imagem sem fim nem começo destroço em chama
Fecho o olho não sinto a pálpebra...
Arrocho o cinto da calçada apertando o traço
Nas pedras que induzem o caminho da calma
Lidar com a realidade lida nos passos
E quando te olho e quase me perco
Escapo da rotina em tropeços e caio
Atraso horas vermes fazendo fábula de cera
Reflito escultura dormente... cansaço!
E saio
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Olho do mundo
Olho do mundo
Todo vicio é uma arte solitária
Solidário a ti mesmo e mais nada.
Que ti traga, fuma queima e depois guarda
Na memória, (ou na falta dela), só memória
De um culto curto a um deus antepassado
Que conforta e se acalma em manto branco
Faz dos olhos em sangue, seco e franco
Com vontade de gritar fica calado
No silencio chora só em pensamento
Em momento que a gota rota (roto) falta
E se esvai pela cabeça ignota
De fumaça que flui pelas veias de fato
Todo vicio é uma arte solitária
Solidário a ti mesmo e mais nada.
Que ti traga, fuma queima e depois guarda
Na memória, (ou na falta dela), só memória
De um culto curto a um deus antepassado
Que conforta e se acalma em manto branco
Faz dos olhos em sangue, seco e franco
Com vontade de gritar fica calado
No silencio chora só em pensamento
Em momento que a gota rota (roto) falta
E se esvai pela cabeça ignota
De fumaça que flui pelas veias de fato
domingo, 17 de maio de 2009
Ao câncer
Expiação I
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Amanhece
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Um
terça-feira, 12 de maio de 2009
Quando
segunda-feira, 11 de maio de 2009
correntes diárias
domingo, 10 de maio de 2009
Grades
sábado, 9 de maio de 2009
Como um cancer
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Contra tempos
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Palma
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Muros II

Do escuro ouço esse som
Vociferante susurro seco
Pregos pelas paredes do geco
Punhos desferindo murros seguros
Muros cada vez mais cautelosos na mandíbula
Moradia de segredos cada vez mais altos
Desapego sempre pelos fios no escarro
Na mesma hora de caçar ligeiro
toda noite de tetos
sempre cerrado...
Pios de marcar horário da rua
Tocam pelas noites pisadas
Todo os dias se repetem
Dilacerante cansaço
Expurgo cego sente
Plenas correntes
Pulsos ágeis
Mordendo dentes
Arrancando penas caladas
Gentilmente cruza as asas
Cortando com unhas de facas
Riscos vãos de rasgar alimento
E a boca atrofiada que não sorri
Orações tardias frente ao espelho
Olhares desconfiados pelas calçadas
Cores de pintar o escalpo de lixo pouco
Escapa dentro e pesa fora os restos
Passos amortecidos pela dureza...
As pessoas jamais serão sóbrias
Tanta correntes contrárias
Correndo no tato da face
Escuras amarras amargas
e indistitas se abrem
Prendendo menos cores e elevando ares
Moinhos se desfiguram ao vento seguro...
Tombando redoma do corpo pequeno
Casatelo quebrado num toque ágil
não ouvido mas sempre anunciado
Pior é o sopro que não vem
Ralo grito de pouca idade
Onda não pronuncidada
Jovens que eram erram
Filhos da sagacidade
Não sãos seres...
terça-feira, 5 de maio de 2009
Tres
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Estalagmites
Nota
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Como (se)
Hesitar

Uma tola como outra qualquer
vi aquela mulher que se passasse
Ah se...
Se ela pensasse menos e sentisse mais
mas seus descompassos sempre são tropeços
Peços e não Dados as cegas seguem desmanzelos
por caminhos errados caindo por pedras de não-vejo
Destruindo o calcanhar furado de acanhamento e medo
Medida que não precisa causar fora dos fatos que medem
Tratamento da pele excessiva do tecido tato-ventre
Moleza que chove quente entre pernas perdidas
de uma tola como outra qualquer mas...
só Ela me faz hesitar no desejo
E ecxitar seus fios mordentes
como taças num traço...
Todo tolo...

Amor vale a pena (?)
Há amores que valem pluma
Amarras cingem a pele áspera
E deforma alguma paina que encerra
Unhas de cerra que não se conservam
Ruir de lascas que não existem soltas
Tolices... solitudes que ceguem os "pares"
Soltura faz com que fendas se quebrem
Ao passo que os pés se unem...
E toda fé se torne tortura
Leveza que entorta raizes
Empena o corpo e para
Pedaços de qualquer cor
Madeira que rasga na rua
Que quando chuva de mágua suave
Depositado em qualquer ribeira...
Se acumula entre teias ruínas e naves
E quando passa drena a linha tenue em túnica
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Angústia Náusea e Absurdo

Rasgando o tapete de pressa
Arrastado por tempo de folhas e galhos
Não há tanta graça ensejando nos ramos
Filhos do calor componentes da angústia
Andando deitados com passos descendentes
Aroma enjoa o bom senso das gentes de boas
Altera o olho do mundo e o olhar de graça
Na praça de luz que vem cortar os ouvidos
Escravos de olhares e rosas de náusea
Tantos gritos mudo ssão ritos
O som do medo é absurdo
O lazer é rangido
Se desfaz em raios
Da cor da fruta passa
Forjada em minuto lascivo
Etílico dos fatos pisando dez calsos
terça-feira, 28 de abril de 2009
Os em tudo

Eu não sou o Sol
Em meu som só há sim
E em em qualquer som só
Estouro de cor e pó
Mesmo em tudo...
Quem não soa em sol
Sua as mãos em qualquer si
Da fusão de calor que for
De por em porções de flor
Apreço que não é vendido
Mesmo em tudo...
Voz que muda os tons
Os em tudo...
Vórtice de só
Ondas de sorrir
Qualquer lugar do mundo
Universos de poeira e dó
Tantos seres sujos
Buracos negros
Tração de O
Giram mudos
Q com sumo em são
Mesmo em tudo...
domingo, 26 de abril de 2009
Cegos

Brigas bregas que ceguem as rimas
Furo nos olhos com um toque leve
Insetos atentos a senhores vivos
Fuso que em sexta feira afronta
Em frente as formas que atinam
Romances insertos e tolos pares
Lutas vulgares chutando embalde
Fruta que morde sem comer pecados
Sem meter entre dentes e água
Honra que lava a mágoa
Noites de cancer
Sem comida
Paredes de lodo
Bebida que é lama
Cheiro que expele chamas
Explosões de tetos de ansia
Cobertas de madeira e po de vidro
Trespassando ou ficando leves
Disputas por todos os cantos
Poucos encantos deixados de lado
Todos que agem certo buscando tão retos
Sem se ocupar em cavar os restos tão eretos
Berços tão honestos de almas não paridas
Corrida pela chance de tomar partido
Partindo os crânios e atos ofensivos
Guerra de xadrez por qualquer dama
Segredos de ópio do povo orando
Ora se matando pela conquista
Afeto que mataborrão na cor
e sai sem deixar pista
Será que ela não prefere...
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Quando cura

Quantos monstros-criados de papel
Criaturas no céu que desfazem maços
A tormenta que rasga os sonhos de vel
Transformando gravuras da massa batida
E a tormenta que seca o céu das bocas
Dias de cura borrando qualquer forma
Tanta cor encontra tatos no obscuro
Tanto alento amortece desencantos
A terra da noite adentrando os dedos
De destreza de força que a pele entorta
Rugas de marcar encontro com o tempo cego
Ferocidade que morde e queima quando cura
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Na pele

**desenho de: Bárbara Figueiredo - atualmente em Uberlândia 3º período de Ciências Sociais - UFU. Essa menina é ótima!!
Caminho na ferocidade do meu tempo
Travessas de sobremesa trincando o chão da pele
Assim que a seca na tina atinge o alvo certo
Atravessado naves no solo de céu descoberto
se perde da vista a distância da botina
passos descobertos em janelas partidas
mães que não choram o tempo repetido
rugas que a pele guarda a menina...
Os minutos guardados na memória
Os anos passados não importam
Mas só aquilo que fica...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Luando
.bmp)
Verdades fora do alcance... quando calo ando
realidades que queimam e nunca se cansam
se tu fosses má (sim) seria um cancer
mas se fosse boa (ah!) seria...
seria benígna em um enlace
de tudo que bendigo
te fazendo afagos
te querendo amiga
fagocito a sua face
entre marés e fases
abrigo que me traga...
"cale-se" que não é bebida
doce ácido do silencio provado...
lago de tropeços em seu colo molhado
sempre desculpados sem culpa nem briga
e os pés de calo anacronico arde embebido
sábado, 18 de abril de 2009
Rosa perda
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Progresso

Como se fosse um cometa
Tempestade de trombetas
Pulmões e vozes em expiração
Como se fosse uma letra
Na sagacidade de ruas cegas
Em um desamparo opera a solução
Saltando os olhos fusão de deixar
ser sóbrio nos altos é difícil
enquanto paira a poeira
Que dispara bomba H
mísseis disfarçados
cortando trilhos
Naves escarnecem
levando cansaço
contorcem sem nexo
O será?
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Espirais
domingo, 12 de abril de 2009
O outro
Sono solo

Enquanto poucos dormem
Os loucos sonham solo
E somem sem consolo
Pelos sonhos que tomam
Tomados por ferrolhos
A sobriedade resta
Enquanto todos libam
Seriam dias de festa
Não fossem rios de fome
E seres frios nas pistas
Equando pêlos crespam
Por crânios que não voam
Presos por corpos plenos
Nas ruas da cama findam
Marquises não tão quentes
Os ébrios que não comem
Enquanto nunca há calma
Consomem na matéria
Por entre fios e postes
E desaparece a alma
E tanto fazem festa
Festins de insana bala
Por rochas que se queimam
Abalam pernas cruas
Presas finas e magras
A sobriedade resta
Enquanto os loucos sonham
Poucas tardes concretas
Invadem qualquer sono
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Algo como
Farpas
terça-feira, 31 de março de 2009
Diz...
segunda-feira, 30 de março de 2009
Estranhos
domingo, 29 de março de 2009
Vivo em um mundo
Vivo em um mundo de cordas
um pierrot distraído
por caminhos desastrados
entre segredos cravados
em terra de tanta vida
Vidro em um mundo de pedras
cercado de tanto asfalto
que esfola a flor de lá...
pele ceifada de abrigo
brotando germes de assalto
Ávida vida crespada
ventres vielas e postes
entre gravatas e fivelas
favelas crescem em morros
escadas torres e fortes
um pierrot distraído
por caminhos desastrados
entre segredos cravados
em terra de tanta vida
Vidro em um mundo de pedras
cercado de tanto asfalto
que esfola a flor de lá...
pele ceifada de abrigo
brotando germes de assalto
Ávida vida crespada
ventres vielas e postes
entre gravatas e fivelas
favelas crescem em morros
escadas torres e fortes

sábado, 28 de março de 2009
Enquanto o tempo se queima
quinta-feira, 26 de março de 2009
Como tudo isso
Poeira por toda parte
Tece traços no artífice couro
Que enruga o dorso arranha os olhos
Crianças descendentes de todas as fases
Esfalecem em castelos
Bancos e marquises sãs
Seus covis e altares
De areia por toda parte
Poeira tudo isso...
Por todos os parques
Piquetes e retratos pintados
reverberam as faces cortadas
Tornando-se atentas aos ventos ágeis
Sopro ar de vício...
Poeira por toda arte.
Só se enxergam riscos de um ponto...
Vento passado de um tempo relapso
Contratempos que separam
Não param no cosmos
E cresce ao contrário
Como tudo isso.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Gecos
terça-feira, 24 de março de 2009
Muros

Murros no escuro
Tiros em pontas de faca
Pelos sóbrios sabores soprados
Despejando soturnos ares de mágoa
Queria ouvir a voz não dita aos fortes cubos
Ditar os quadros bem quistos do mundo
Atar os nós da maldita cidade
Escorrendo pelas escadas
Grafar Lápides de menos vidro
Por aços cerrados de tanta vaidade
Enquanto a humanidade sucumbe...
Muros que pedrem horas que confundem
Tumbas de ódio e filhos de lágrimas
domingo, 22 de março de 2009
Tudo é verde
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Tudo é verde
Mas só tenho sede e não tempo...
Vou correndo!
Ouvindo o barulho das uvas
Sentindo o cheiro da terra...
Revela!
Trago o pensamento no gosto
No gozo das vigens...
Dançando!
Seus corpos tão quentes e puros
Cobertos de cera...
Alucinam!
Maria fumaça dos trilhos Joana
insiste nos sons que agitam
Ouvido aberto...
Alucinam...
sexta-feira, 20 de março de 2009
Relógio
quinta-feira, 19 de março de 2009
Dias...

Dia do artesão
Criam-se dias de todos os dias
dias que postam dias que seguirão
dias inteiros até o meio dia
todos os dias de loucura
na crueza dura
dias de seca
dias de chão
Comemoram-se todos os motivos
dias de festa e de multidão
dias facheiros marcam a luz
raios de água ardente pesa
um banco de graça
e tudo passa
bem ali sentado com o tempo
contempla em seu templo na praça
sem apreçar a os dias... são dias sãos
Palhaço

O sorriso do palhaço triste desce
Borrões de matar a face tecem o couro
Botões e fios arrancados tergiversam
Ávida alma em espírito de outras eras
Olhar baixo sem pressa resta em prece
Onde o peito se encontra em conforto solo
Quadrados e riscos tão monótonos... feridas
Nariz cor de rosa ou delírios certos
Suspensos por suspiros atingem
A face faz-se livre ao tempo...tolo
quarta-feira, 18 de março de 2009
Cálculo
terça-feira, 17 de março de 2009
Espelho

Quando te olho quase reflexo rosto
Um amargo e sagaz sutil espasmo
Desgosto e cismo em culpa que não vejo
Segredo sem pejo... doces memórias
Quando te olho e logo me perco...
Desfaço-me da trilha em mim consome
Narciso
No plano volátil lápis e livro
Imagem sem fim nem começo traço
Fecho o olho e não sinto a pálpebra
Arrocho o cinto da calça apertada
Nas pedras que induzem a minha calma
Lidar com a realidade lida na fábula
E quando te olho e quase me perco
Saio da rotina tropeço e caio
Atraso horas vermes que fazem cera
Cansaço!
Quando reflito escultura dormente
E saio
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