segunda-feira, 1 de junho de 2009

Em construção

Não tem olhos
Enxerta compassos
Muda a terra sem voz
Enxerga traços ao mundo
Seguindo cegos na busca de algo oz
Fazendo guerra de dez mundos
Arrocham espaços desnudos
Quebrando pedras
Corpos em postas
Expostos na sombra
Enterrando farpas expostas
Contra a pele descalça de mãos
Agarra alças do dia e há dias...
Desaperta as calças e deixa nós
Nu rosto que passa estruturas
Estremece escultura de aços
Esculpe a sobriedade
Torcente e quente
Que mede

A cor tenta escapar
Mas a distância erra
Tenta vencer a noite
A órbita se altera...
E cai na direção da terra

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