quinta-feira, 4 de junho de 2009

São som

Esse São som só me faz ficar fatigado
Disso tudo que falam...
Ele se desespera demais
E ele se excede demais

Mas... Se de leve recomendado
Ele de repente vê.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sóbrio és

Sóbrio és?
Sobre essa dureza, sempre sóbrio és
Sobre essa dureza
Sobre a dureza do Zé vai gerar só frieza

Sobre o Zé
Sobre essa frieza
Sobre o que quis dizer
O que és...

Zé! (...)
O que tu quer
Só dizer
Se for preciso cantar, só prazer.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Cor pó

Esculpido entre pedras
Estradas cortam enfadonhos campos
Barrancos sombras e escadas
Escorrem pelas comédias
Carros sombras e postes

Escondidos entre cofres
Bancos chaves e bolsas
Escapam pelas tragédias
Por todos os buracos do crânio
Por sobre pontes na mesa dos sonhos

Destampando rolhas das garrafas
Desenrolando as fronhas da cama
Bebendo vinho e cicuta sobre as tumbas
Embriagando o corpo que não sente o toque
Inebriado se perde arde e se deita na lama.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Em construção

Não tem olhos
Enxerta compassos
Muda a terra sem voz
Enxerga traços ao mundo
Seguindo cegos na busca de algo oz
Fazendo guerra de dez mundos
Arrocham espaços desnudos
Quebrando pedras
Corpos em postas
Expostos na sombra
Enterrando farpas expostas
Contra a pele descalça de mãos
Agarra alças do dia e há dias...
Desaperta as calças e deixa nós
Nu rosto que passa estruturas
Estremece escultura de aços
Esculpe a sobriedade
Torcente e quente
Que mede

A cor tenta escapar
Mas a distância erra
Tenta vencer a noite
A órbita se altera...
E cai na direção da terra