quinta-feira, 30 de abril de 2009
Angústia Náusea e Absurdo
Rasgando o tapete de pressa
Arrastado por tempo de folhas e galhos
Não há tanta graça ensejando nos ramos
Filhos do calor componentes da angústia
Andando deitados com passos descendentes
Aroma enjoa o bom senso das gentes de boas
Altera o olho do mundo e o olhar de graça
Na praça de luz que vem cortar os ouvidos
Escravos de olhares e rosas de náusea
Tantos gritos mudo ssão ritos
O som do medo é absurdo
O lazer é rangido
Se desfaz em raios
Da cor da fruta passa
Forjada em minuto lascivo
Etílico dos fatos pisando dez calsos
terça-feira, 28 de abril de 2009
Os em tudo
Eu não sou o Sol
Em meu som só há sim
E em em qualquer som só
Estouro de cor e pó
Mesmo em tudo...
Quem não soa em sol
Sua as mãos em qualquer si
Da fusão de calor que for
De por em porções de flor
Apreço que não é vendido
Mesmo em tudo...
Voz que muda os tons
Os em tudo...
Vórtice de só
Ondas de sorrir
Qualquer lugar do mundo
Universos de poeira e dó
Tantos seres sujos
Buracos negros
Tração de O
Giram mudos
Q com sumo em são
Mesmo em tudo...
domingo, 26 de abril de 2009
Cegos
Brigas bregas que ceguem as rimas
Furo nos olhos com um toque leve
Insetos atentos a senhores vivos
Fuso que em sexta feira afronta
Em frente as formas que atinam
Romances insertos e tolos pares
Lutas vulgares chutando embalde
Fruta que morde sem comer pecados
Sem meter entre dentes e água
Honra que lava a mágoa
Noites de cancer
Sem comida
Paredes de lodo
Bebida que é lama
Cheiro que expele chamas
Explosões de tetos de ansia
Cobertas de madeira e po de vidro
Trespassando ou ficando leves
Disputas por todos os cantos
Poucos encantos deixados de lado
Todos que agem certo buscando tão retos
Sem se ocupar em cavar os restos tão eretos
Berços tão honestos de almas não paridas
Corrida pela chance de tomar partido
Partindo os crânios e atos ofensivos
Guerra de xadrez por qualquer dama
Segredos de ópio do povo orando
Ora se matando pela conquista
Afeto que mataborrão na cor
e sai sem deixar pista
Será que ela não prefere...
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Quando cura
Quantos monstros-criados de papel
Criaturas no céu que desfazem maços
A tormenta que rasga os sonhos de vel
Transformando gravuras da massa batida
E a tormenta que seca o céu das bocas
Dias de cura borrando qualquer forma
Tanta cor encontra tatos no obscuro
Tanto alento amortece desencantos
A terra da noite adentrando os dedos
De destreza de força que a pele entorta
Rugas de marcar encontro com o tempo cego
Ferocidade que morde e queima quando cura
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Na pele
**desenho de: Bárbara Figueiredo - atualmente em Uberlândia 3º período de Ciências Sociais - UFU. Essa menina é ótima!!
Caminho na ferocidade do meu tempo
Travessas de sobremesa trincando o chão da pele
Assim que a seca na tina atinge o alvo certo
Atravessado naves no solo de céu descoberto
se perde da vista a distância da botina
passos descobertos em janelas partidas
mães que não choram o tempo repetido
rugas que a pele guarda a menina...
Os minutos guardados na memória
Os anos passados não importam
Mas só aquilo que fica...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Luando
Verdades fora do alcance... quando calo ando
realidades que queimam e nunca se cansam
se tu fosses má (sim) seria um cancer
mas se fosse boa (ah!) seria...
seria benígna em um enlace
de tudo que bendigo
te fazendo afagos
te querendo amiga
fagocito a sua face
entre marés e fases
abrigo que me traga...
"cale-se" que não é bebida
doce ácido do silencio provado...
lago de tropeços em seu colo molhado
sempre desculpados sem culpa nem briga
e os pés de calo anacronico arde embebido
sábado, 18 de abril de 2009
Rosa perda
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Progresso
Como se fosse um cometa
Tempestade de trombetas
Pulmões e vozes em expiração
Como se fosse uma letra
Na sagacidade de ruas cegas
Em um desamparo opera a solução
Saltando os olhos fusão de deixar
ser sóbrio nos altos é difícil
enquanto paira a poeira
Que dispara bomba H
mísseis disfarçados
cortando trilhos
Naves escarnecem
levando cansaço
contorcem sem nexo
O será?
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Espirais
domingo, 12 de abril de 2009
O outro
Sono solo
Enquanto poucos dormem
Os loucos sonham solo
E somem sem consolo
Pelos sonhos que tomam
Tomados por ferrolhos
A sobriedade resta
Enquanto todos libam
Seriam dias de festa
Não fossem rios de fome
E seres frios nas pistas
Equando pêlos crespam
Por crânios que não voam
Presos por corpos plenos
Nas ruas da cama findam
Marquises não tão quentes
Os ébrios que não comem
Enquanto nunca há calma
Consomem na matéria
Por entre fios e postes
E desaparece a alma
E tanto fazem festa
Festins de insana bala
Por rochas que se queimam
Abalam pernas cruas
Presas finas e magras
A sobriedade resta
Enquanto os loucos sonham
Poucas tardes concretas
Invadem qualquer sono
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Algo como
Farpas
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