domingo, 12 de abril de 2009

Sono solo



Enquanto poucos dormem
Os loucos sonham solo
E somem sem consolo
Pelos sonhos que tomam
Tomados por ferrolhos

A sobriedade resta
Enquanto todos libam
Seriam dias de festa
Não fossem rios de fome
E seres frios nas pistas

Equando pêlos crespam
Por crânios que não voam
Presos por corpos plenos
Nas ruas da cama findam
Marquises não tão quentes

Os ébrios que não comem
Enquanto nunca há calma
Consomem na matéria
Por entre fios e postes
E desaparece a alma

E tanto fazem festa
Festins de insana bala
Por rochas que se queimam
Abalam pernas cruas
Presas finas e magras

A sobriedade resta
Enquanto os loucos sonham
Poucas tardes concretas
Invadem qualquer sono

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