quinta-feira, 28 de maio de 2009

Espelho

Quando te olho quase reflexo
Sinto um rosto amargo e sutil espasmo
Sagacidade e desgosto em cismo que não vejo
Segredo sem pejo nem culpa... doces memórias

Quando te olho e logo me perco...
Desfaço-me da trilha em mim quem some
No plano volátil incidem livros e lápis de Narciso
Imagem sem fim nem começo destroço em chama

Fecho o olho não sinto a pálpebra...
Arrocho o cinto da calçada apertando o traço
Nas pedras que induzem o caminho da calma
Lidar com a realidade lida nos passos

E quando te olho e quase me perco
Escapo da rotina em tropeços e caio
Atraso horas vermes fazendo fábula de cera
Reflito escultura dormente... cansaço!

E saio

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